banner_960x100_prefeitura
banner_960x100_prefeitura
previous arrow
next arrow

Grupo Sarney quer precatórios no fim do governo para pagar amigos e raspar o cofre

Roseana e Arnaldo MeloPrisão de Youssef não constrangeu Roseana: no apagar das luzes, ex-governadora criou fundo imoral para quitar dívidas antigas de seu governo e beneficiar doadores de campanha.

Engana-se quem pensa que o interesse do grupo Sarney pelos valiosos precatórios surgiu de repente, no fim do mandato de Roseana Sarney com o decreto assinado no apagar das luzes do seu desastroso governo.

Depois de 3 anos sem liberação de um só precatório (pagamento a ser realizado pelo Estado por dívidas não quitadas), Roseana Sarney deixa como um de seus últimos atos um estranho “Fundo de Depósito de Reserva de Depósitos Judiciais” para liberar, a toque de caixa, o pagamento dessas dívidas no último mês do seu mandato. Quem ordenaria o pagamento não seria ela, mas Arnaldo Melo.

Esse interesse repentino, sobre o qual o grupo Sarney se debruça em seus últimos e agonizantes dias à frente da administração do Estado, tem parâmetro num caso muito interessante que aconteceu em São Luís do Maranhão, em março de 2014. Ele tem nome e sobrenome:

Alberto Yousseff! Doleiro e peça chave da trama de corrupção na Petrobrás que escandaliza o Brasil pelos noticiários, Yousseff foi preso em São Luís enquanto tratava exatamente sobre o que? O pagamento de um desses “precatórios”. E o que fazia ele na cidade? Trazia em sua mala dinheiro para pagamento de propina que, segundo os delatores, foram pagos a Roseana Sarney e entregues no Palácio dos Leões.

Pivô do escândalo do Petrolão, doleiro foi preso em São Luís, depoiPivô do escândalo do Petrolão, Youssef foi preso em São Luís após entregar R$ 6 milhões em propina a um assessor de Roseana Sarney, como parte da negociata para o recebimento de precatório da Constran.

Há quem garanta que esse interesse repentino no Fundo de Precatórios tem por fim realizar pagamentos “amigos”, como no caso da Constran. Um escândalo nacional!

Para conseguir seu intento de raspar o tacho, muitas táticas o grupo Sarney tem usado nos últimos dias. E muitos contra-ataques a equipe do governador eleito Flávio Dino tem utilizado para tentar evitar o derrame de dinheiro público na despedida dos 50 anos de domínio da família Sarney.

A última ação do grupo Sarney foi tentar reverter a decisão judicial que decretou a ilegalidade da criação do Fundo nos moldes em que ele foi instituído. Reclamaram ao Tribunal de Justiça, que, caso acolha o pedido do grupo Sarney, pode ser um dos responsáveis pela limpeza geral dos cofres públicos.

A disputa judicial para evitar que esse fundo milagroso seja utilizado “no apagar das luzes” para beneficiar amigos do esquema Sarney é uma causa de todo o Maranhão. Não se pode aceitar, a 7 dias do fim do governo, que um grupo político moribundo use o Estado para se locupletar através de empresas amigas facilmente identificadas.

Comentários estão desativados

Os comentários estão desativados.