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Rodrigo Lago afirma que nomeação de ex-sócio atende a critérios técnicos

Folhapress

O secretário da Transparência e Controle do Maranhão, Rodrigo Lago, diz que a nomeação de seu ex-sócio, Marcos Caminha, para a assessoria da pasta, desagrada aos interesses da família Sarney.

Secretário justifica a adoção de critérios técnicos para a Secretário adotou critérios meramente técnicos para a montagem da equipe de Transparência.

Eles encerraram a sociedade em um escritório de advocacia depois que Lago foi convidado a comandar a secretaria criada pelo governador Flávio Dino (PC do B), arquirrival do ex-presidente. Na firma, tinham entre seus clientes políticos que fazem oposição ao grupo de Sarney.

A reportagem Folha de S.Paulo mostrou nesta sexta-feira (30) que Dino vem sendo criticado por ter nomeado parentes de secretários e aliados para o governo. A nomeação de Caminha, devido à sociedade que mantinha com Lago, também foi alvo de questionamento.

“Nomear alguém que foi meu sócio não tem nada de imoral. Nós encerramos a sociedade. Quando pedi a nomeação dele, usei os mesmos critérios da iniciativa privada. Ele não era meu sócio porque era meu amigo nem meu parente, mas porque conquistou minha confiança pela capacidade que tem”, diz Lago.

O secretário da Transparência conta que Caminha era seu estagiário no escritório e foi aprovado no exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) ainda durante a faculdade. E que o convidou para a sociedade por seu potencial na profissão.

“É nítido que o grupo Sarney não tem interesse em que o sujeito vá para a secretaria. No ano passado, ele tocou muitas ações emblemáticas que mexeram com os interesses deles”, afirma Lago. Entre os casos citados por ele está uma ação judicial para suspender o pagamento de um precatório de R$ 120 milhões para a construtora Constran, investigada na Operação Lava Jato.

O pedido foi deferido pela Justiça em agosto de 2014, depois que a contadora Meire Poza, que trabalhava com o doleiro Alberto Youssef, acusou o governo, então comandado por Roseana Sarney (PMDB), de ter recebido R$ 6 milhões em propina para liberar o precatório. À época, a peemedebista negou irregularidade.

Outro processo suspendeu o repasse de um empréstimo do BNDES que, segundo Lago, seria utilizado para a celebração de convênios do governo com municípios do interior em troca de apoio ao candidato de Roseana à sua sucessão, Lobão Filho (PMDB) – que acabou derrotado por Dino. Também foi questionada uma campanha publicitária do Estado, em maio de 2014, cujo conteúdo foi considerado propaganda eleitoral antecipada.

Lago afirma ainda que incluiu na medida provisória que criou a Secretaria da Transparência a ampliação do número de cargos que devem ser obrigatoriamente preenchidos por servidores de carreira, diminuindo os de livre nomeação.

“Montei uma equipe predominantemente técnica”, disse, citando também a delegada concursada Ana Karla Silvestre Fernandes, mulher do ex-governador José Reinaldo Tavares, que foi nomeada para a corregedoria-geral do Estado.

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