Especialista em uso de máquina pública, Fábio Câmara ataca parceria Flávio e Edivaldo
Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Este parece ser o lema do vereador Fábio Câmara, que anda se achando a grande liderança do PMDB local.
Em entrevista ao panfletário “O Estado do Maranhão”, o paladino da boa política fala em “luta de massas contra uso da máquina”, prometendo combater a parceria entre Governo e Prefeitura em favor de São Luís.
Entre outros disparates, o vereador diz dissimuladamente que a “influência do governador Flávio Dino sob Edivaldo Junior faz com que a Prefeitura de São Luís não consiga avançar com seus projetos”. Como?
Possivelmente “influenciado” pela sede de poder da aliada Eliziane Gama, Câmara parece ignorar que é justamente a parceria entre os governos estadual e municipal que está viabilizando um novo momento administrativo na capital após anos de perseguição da oligarquia Sarney aos ludovicenses.
O êxito dessa parceria é reconhecido inclusive pela cúpula do PMDB do Maranhão, que aceita até coligar com Edivaldo, mesmo que para isso tenha que abrir mão de indicar o vice na chapa de reeleição.
Mas quem é mesmo Fábio Câmara para falar em uso de máquina pública?
Limpador de banheiros da sede do PMDB, como ele mesmo gosta de destacar, Fábio chegou à Câmara de São Luís depois de se esbaldar na máquina pública do Palácio dos Leões para se eleger vereador.
Patrono da indicação de milhares de cargos nos hospitais da rede pública na capital, ele ganhou notoriedade com o apoio decisivo de Ricardo Murad – outro especialista em mover a máquina pública em favor dos próprios interesses.
O jornalista Roberto Kenard gosta de lembrar que “Fábio Câmara era aquele sujeito que pagava centenas de contas de luz e água nas lotéricas em 2010 para beneficiar a candidatura de Roseana Sarney”.
O episódio ganhou as capas dos jornais de todo o Brasil e por muito pouco o ex-morador do Lira não acabou preso pela Polícia Federal.
Na eleição seguinte, ele remontou o esquema na Madre Deus, Belira, Codozinho, Coreia de Baixo e outras comunidades carentes de São Luís. Desta vez em favor do próprio nome.
Saiu das urnas com modestos seis mil votos, queimado pelas suspeitas, à época, do seu envolvimento com o assassinato do jornalista Décio Sá.
Ou seja: Toda vez em que fala em uso de máquina pública, o apenas “rapaz latino americano” discursa com conhecimento de causa.
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