assembleia_920x114_maio2023
banner_960x100_prefeitura
previous arrow
next arrow

Maranhão deve receber R$ 1,5 bilhão em investimentos em 2016

ItaquiO Estado do Maranhão deve receber um total de R$ 1,5 bilhão em investimentos em 2016. A estimativa é do governador Flávio Dino (PC do B) e considera projetos privados em execução ou planejados para os próximos anos, que devem somar R$ 1 bilhão em 2016 e mais R$ 500 milhões em obras de infraestrutura do governo estadual, como estradas e escolas, financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Metade dos investimentos privados virá do Programa de Investimento em Logística (PIL) 2015-2018, do governo federal, que prevê a concessão de duas novas áreas para construção de dois terminais no Porto de Itaqui, em São Luís, cuja licitação está prevista para até o final de 2016.

As novas concessões vão se somar ao bem-sucedido Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), que começou a operar comercialmente no segundo trimestre e é o principal responsável pelo aumento da movimentação de cargas no porto de Itaqui, que deve atingir o embarque recorde de 20 milhões de toneladas em 2015. “Com isso, ele se consolida como o principal porto do Arco Norte”, diz o governador. No primeiro semestre, o lucro do porto atingiu R$ 31 milhões, 1.792% acima do registrado em igual período de 2014 (R$ 1,6 milhão).

Metade dos investimentos privados virá do Programa de Investimento em Logística (PIL)

Construído e operado pelo consórcio formado por CGG Trading, NovaAgri, Glencore e Consórcio Crescimento (joint venture entre Amaggi e Louis Dreyfus Commodities), o terminal exportou até agora 2,5 milhões de toneladas de soja, farelo de soja e milho e até o final do ano deve atingir 3 milhões de toneladas desses produtos, oriundos da região conhecida como Matopiba (áreas de cerrado contíguas nos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e do Nordeste do Mato Grosso. “Esses volumes superam nossa expectativa, que era atingir 1,8 milhão a 2 milhões de toneladas em 2015″, diz Luiz Claudio Santos, diretor de logística da CGG e porta-voz do Tegram. A previsão para 2016 é de 4 milhões a 4,5 milhões de toneladas.

As quatro empresas investiram R$ 600 milhões em quatro armazéns, com capacidade estática de 500 mil toneladas. O próximo investimento, de R$ 110 milhões a R$ 120 milhões, ocorrerá no primeiro semestre de 2016, na segunda fase do empreendimento, com a instalação de esteiras e aquisição de um carregador de navio para operar no segundo berço do terminal. Segundo Santos, até o final de 2017 ou começo de 2018, o Tegram poderá carregar dois navios simultaneamente e a movimentação anual deve ser elevada para 10 milhões a 12 milhões toneladas.

A Vale, que desembolsou US$ 1,1 bilhão no Estado do Maranhão no primeiro semestre, em investimento e custeio, iniciou neste ano a operação definitiva do novo trem de passageiros da Estrada de Ferro Carajás. Com investimentos de US$ 55,6 milhões, o novo trem tem capacidade para transportar 320 mil pessoas em um trajeto de 861 km, entre a capital São Luís e Parauapebas no Estado do Pará, passando por 23 cidades do Maranhão e outras quatro do Pará.

Até meados de 2016, a empresa prevê também finalizar a expansão do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, que vai aumentar sua capacidade de 180 milhões de toneladas para 230 milhões de toneladas. O investimento faz parte de um grande projeto de minério de ferro da Vale, que inclui a duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC), a construção de um ramal ferroviário e de uma usina de beneficiamento e a abertura da mina em Canaã dos Carajás, no Pará.

Na área de energia, a Omega Energia vai construir sete parques eólicos nas cidades de Paulino Neves e Barreirinhas, no Nordeste do Estado, com investimentos de R$ 1 bilhão, constituídos, segundo Antonio Augusto Torres de Bastos Filho, presidente da empresa, por capital dos sócios e financiamentos de longo prazo. Suas 84 torres, com capacidade de 193,2 MW, vão começar a gerar eletricidade a partir de 2018, para entrega por meio de contratos garantidos pela companhia em leilão realizado pelo governo no mês de agosto. Eles farão parte de um complexo eólico que a Omega começou a implantar no litoral do Piauí, hoje com três usinas em operação e investimentos acima de R$ 700 milhões.

Já a Parnaíba Gás Natural (ex-OGX Maranhão Petróleo e Gás) está aplicando um total de cerca de R$ 1 bilhão no Estado, na exploração de sete novos campos de gás e construção de gasoduto, para aumentar sua capacidade de produção de 4,9 milhões de metros cúbicos por dia para 8,4 milhões de metros cúbicos por dia a partir de julho de 2016.

Outro grande projeto é o da Usina de Aço Verde, da Aciaria Gusa Nordeste, em Açailândia, que vai utilizar o ferro-gusa produzido no polo siderúrgico do município para fabricação de tarugos e aços laminados, com início de operação previsto para janeiro de 2016.

Fonte: Valor Online

Comentários estão desativados

Os comentários estão desativados.