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Roseana Sarney vai à justiça para não ser relacionada à oligarquia

A Coligação “O Maranhão quer mais”, da candidata Roseana Sarney (MDB), protocolou no Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão um pedido para que a campanha de Flávio Dino (PCdoB) não a vincule mais como representante de uma oligarquia política.

Na peça apresentada à justiça, os defensores da representada argumenta que afirmação é uma “inverdade”, semelhante a um “argumento midiático para tentar denegrir a imagem da ex-governadora”. A peça sublinha ainda que “não existe essa história de oligarquia”.

Na ciência política, oligarquia política é a forma de governo em que o poder está concentrado num pequeno número pertencente a uma mesma família, um mesmo partido político ou grupo econômico ou corporação.

Roseana Sarney reivindica o quarto mandato como governadora. Seu pai, José, governou o Maranhão pela primeira vez em fevereiro de 1966 com a promessa de levar desenvolvimento ao Estado. Em 1971 elegeu-se senador pelo Estado, ficando no cargo até 1985.

Edison Lobão, outro integrante do grupo político, assumiu o governo em 91 e ficou até 94. O vice governador, José de Ribamar Fiquene, assumiu em abril de 94 para em janeiro de 95 repassar a faixa pela primeira vez à eleita, Roseana, que ficou no cargo até 2002.

A linha temporal da sucessão de poder mostra o domínio predominante da família Sarney na política e seu pequeno grupo político de apoio. Quando não estavam no poder faziam seu substituto.

Roseana renunciou ao cargo em em 5 de abril e 2002 para em seu lugar assumir José Reinaldo Tavares do antigo PFL. Foi reeleito e ficou no cargo até 2007.

Um hiato na história política do Maranhão permitiu a vitória democrática de Jackson Lago, tendo o pedetista ficado no cargo até março de 2009. Um golpe jurídico-político o retirou do cargo para colocar em abril de 2009 Roseana novamente ao poder.

Em 2010 Roseana conseguiu ser reeleita. Na disputa de 2014, Flávio Dino sacramentou uma dura derrota contra o grupo oligárquico que se revezava no poder. Derrotou com mais de 60% dos votos Edinho Lobão, uma espécie de “beija-mão” da família Sarney e filho do senador Edison Lobão.

O que notadamente faz a campanha de Flávio Dino ao apontá-la como representante de uma oligarquia política nada mais é que um fato histórico. Portanto, não há ato difamatório em afirmar que Roseana pertence a uma oligarquia política, quando até o mundo mineral já tem conhecimento disso.

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