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STF abre inquérito para apurar acusações de Moro a Bolsonaro

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu, na noite desta segunda-feira (27/04), o pedido da Procuradoria-geral da República (PGR), para abrir investigações sobre as acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

Celso de Mello deu 60 dias para as apurações. O objetivo é apurar se foram cometidos os crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de Justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação caluniosa e crime contra a honra.

Após pedir demissão do cargo, Moro revelou uma série de atos ilícitos que teriam sido cometidos por Bolsonaro. Segundo o ex-juiz da Lava Jato, o chefe do Executivo insistiu na troca do comando da Polícia Federal para fazer uma “interferência política”.

De acordo com Moro, Bolsonaro informou que queria colocar uma pessoa “do contato pessoal dele” na direção-geral da PF, para “colher informações de investigações”. Não contente com a iniciativa do presidente, o então ministro pediu para sair do Ministério da Justiça.

Bolsonaro negou todas as acusações de Moro. Contudo, a PGR pediu ao Supremo a abertura de investigações contra o presidente. No documento, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu que Moro seja interrogado para averiguar as possíveis práticas de crimes pelo mandatário da República.

“A dimensão dos episódios narrados revela a declaração de Ministro de Estado de atos que revelariam a prática de ilícitos, imputando a sua prática ao Presidente da República, o que, de outra sorte, poderia caracterizar igualmente o crime de denunciação caluniosa”, disse Aras. (Metrópoles)

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