Notícia

A Península e a defesa de uma espécie de apartheid social

Não é a primeira vez que o bairro da Península, considerado pelos seus moradores como o IPTU mais caro de São Luís, é alvo da defesa escancarada de uma espécie de apartheid social, onde somente os ricos podem usufruir dos locais de lazer que lá existem.

Ontem, uma polêmica se formou após postagem de um empresário que explora a praia, novo point da Ilha. Entre os termos usados por ele, estiveram “famílias da península”, “demanda nada aceitável para os padrões sociais” e “separação natural do público”.

Tudo para defender seu empreendimento, um tal de Kanga Beach, do ‘Pagodão da Península’, que aconteceu sábado e teve como consequência o fechamento dos estabelecimentos pela Vigilância Sanitária.

As inaceitáveis palavras de discriminação do empresário, que também é dono do Bangalô Espettaria, foram duramente criticadas nas redes sociais. E, assim como um parlamentar foi ao afirmar que a ‘Classe C’ não poderia entrar na Península, ele foi cancelado na internet.

Veja a absurda nota do empresário:

Pessoal boa tarde infelizmente. A falta de gestão dos empreendedores do Posto A que pregava a prática do esporte, está indo na contramão do mesmo. Ocorre que eles perderam o controle da situação e isso realmente não e bom para o bairro, concordo com todos aqui no grupo. O meu empreendimento kanga Beach foi montado para as famílias da Península. Encerramos as 17hs justamente pq comecei a ver a demanda nada aceitável para nosso bairro. As nossas mesas têm espaçamento de 10 metros cobramos taxa de consumação, trabalhamos com um ticket médio alto nossos garçons são orientados a atender ou não o cliente visto que o mesmo se encaixe em nossos padrões sociais.  Porém essa moda que se criou na península não é aceita por mim nem meus clientes que são famílias  daqui da península. Fico triste por uma situação em que se pensaram primeiro no dinheiro esqueceram o bem estar.  Acredito e torço para que venha a ter uma separação natural do público mas para que isso ocorra tem que ter a consciência do empresário. Limitações de qtd, de horarios,  valores cobrados serviços oferecidos etc. Enfim vamos lutar para que isso não venha a ocorrer mais o Posto A foi interditado porém a Praia. não mas se nós empresários soubermos gerir de forma controlada e organizada podemos ter uma excelente praia.

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