Barra do Corda

Homicida Pedro Teles se aproveita da incompetência da Justiça para coordenar campanha do irmão Rigo Teles

Pedro Teles, irmão do deputado Rigo Teles, foi condenado pela prática do “crime de homicídio qualificado, considerado hediondo pela Lei nº 8.072/90”.

Segundo a sentença, já transitada em julgado, Pedro Teles manifestou “em ceifar a vida da vítima, contratando e pagando os executores do crime”. A vítima foi Miguel Pereira Araújo, o líder comunitário Miguelzinho, morto por pistoleiros contratados por Pedro Teles.

Após a sua condenação pelo júri popular, foi expedido mandado de prisão contra Pedro Teles, que finalmente foi preso em seu apartamento no Renascença, em São Luís, em dezembro de 2019, após anos foragido.

Mas o homicida hediondo conseguiu no Tribunal de Justiça uma decisão que lhe garantiu a liberdade, apesar da condenação transitada em julgado. O Tribunal decidiu que o juiz de São Luís não era competente para mandar cumprir a sentença.

A decisão do Tribunal de Justiça saiu em março de 2020, mandando soltar Pedro Teles e que o processo fosse enviado de São Luís para Barra do Corda, onde o juiz deveria determinar a prisão para cumprimento da pena, pois o processo já transitou em julgado.

Porém, seis meses depois da decisão ter sido comunicada ao juiz da 4ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís, somente a liberdade do homicida foi cumprida. O processo segue dormindo em berço esplêndido em alguma gaveta no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís, enquanto deveria ter sido enviado imediatamente para Barra do Corda.

Desde que ganhou a liberdade pela sonolência, ou lentidão, do Judiciário, ou algo que não se sabe, o mandante do homicídio de Miguelzinho, Pedro Teles, assumiu extraoficialmente a coordenação da campanha. Tem sido o homicida Pedro Teles quem tem fechado alguns acordos políticos em apoio a pré-candidatura do irmão para a Prefeitura de Barra do Corda.

Recentemente, o fato foi denunciado ao CNJ por um cidadão de Barra do Corda, que pediu para a sua identidade ser preservada, e resguardamos o sigilo da fonte.

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