Coronavírus

Banqueiros e economistas pedem medidas efetivas do governo Bolsonaro para conter pandemia

Mais de 300 banqueiros e economistas assinaram uma dura carta aberta neste fim de semana pedindo medidas mais enérgicas do governo federal no combate à pandemia do coronavírus e cobrando respeito ao país, à ciência e a uma gestão mais eficiente do Executivo. O grupo sugere adoção de lockdown e uma ação nacional coordenada para controlar o quadro pandêmico no país.

Assinam o manifesto nomes como Pedro Malan, Affonso Celso Pastore, Armínio Fraga e Ilan Goldfajn, além da família Moreira Salles, do Itaú Unibanco; o ex-presidente do Itaú, Roberto Setúbal; Octavio Barros, economista-chefe do Bradesco; Solange Srour, economista-chefe do Credit Suisse, entre outros nomes importantes do mercado financeiro.

“Esta recessão, assim como suas consequências sociais nefastas, foi causada pela pandemia e não será superada enquanto a pandemia não for controlada por uma atuação competente do governo federal. Este subutiliza ou utiliza mal os recursos de que dispõe, inclusive por ignorar ou negligenciar a evidência científica no desenho das ações para lidar com a pandemia. Sabemos que a saída definitiva da crise requer a vacinação em massa da população. Infelizmente, estamos atrasados. Em torno de 5% da população recebeu ao menos uma dose de vacina, o que nos coloca na 45ª posição no ranking mundial de doses aplicadas por habitante”, diz a carta.

O grupo afirma ainda não ser razoável esperar a recuperação da atividade econômica em uma epidemia descontrolada. “O efeito devastador da pandemia sobre a economia tornou evidente a precariedade do nosso sistema de proteção social. Em particular, os trabalhadores informais, que constituem mais de 40% da força de trabalho, não têm proteção contra o desemprego”.

Os economistas apontam que o auxílio emergencial foi fundamental para assistir trabalhadores vulneráveis e levou à redução da pobreza. “Enquanto a pandemia perdurar, medidas que apoiem os mais vulneráveis, como o auxílio emergencial, se fazem necessárias”.

Leia a carta na íntegra no Congresso em Foco

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