Pandemia

Dino e mais quatro governadores deverão ser alvos do governo Bolsonaro em CPI

Como forma de montar uma ofensiva contra as denúncias que receberá durante a CPI da pandemia, o Palácio do Planalto deve apontar o mau uso de verbas federais repassadas a estados e municípios para tirar o foco da atuação do Ministério da Saúde e do discurso negacionista de Bolsonaro durante a maior parte da crise sanitária.

O Planalto estuda, inclusive, mobilizar um grupo de servidores para mapear a destinação desses recursos, e questionar se a falta de infraestrutura nas redes hospitalares, de medicamentos e insumos para a intubação de pacientes e da eventual vagareza na aplicação de vacinas não é culpa de ações tomadas por governadores e prefeitos. Ou seja, buscar terceirizar qualquer possível culpa.

Alguns dos principais alvos do governo federal deverão ser os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e da região Nordeste, como Rui Costa (PT), da Bahia, Camilo Santana (PT), do Ceará, e Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão.

Há a intenção ainda de atuar junto a senadores considerados de oposição a governadores desafetos do Planalto. Nesta estratégia, o governo utilizaria a influência dos políticos nos respectivos estados para amplificar a visibilidade dos eventuais problemas encontrados na aplicação dos recursos federais.

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