"Aqui não"

Movimento quer ir à Justiça contra estátua da Havan em São Luís

Artistas e integrantes da sociedade civil do Maranhão iniciaram um movimento para apresentar uma ação pedindo que a Justiça de São Luís proíba a Havan, empresa do bolsonarista Luciano Hang, de erguer uma réplica da Estátua da Liberdade — símbolo da marca — na capital maranhense. No texto de divulgação, os organizadores acusam Hang de não respeitar a democracia e os direitos humanos.

“Nada contra emprego e renda. Nada contra o livre mercado, desde que exercido por quem respeita os direitos sociais e trabalhistas. Por quem respeita a liberdade de expressão, a democracia, os direitos humanos. Não é o caso do personagem caricato, aventureiro, por trás da Estátua da Liberdade”, diz o manifesto da petição do movimento, intitulado “Aqui Não”, e que acumula, até agora, 2.800 assinaturas.

Além disso, a petição alega que uma réplica de 35 metros da Estátua da Liberdade em São Luís não é compatível com a cultura e arquitetura da cidade, que é considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Os organizadores cobram o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por uma reação contra o monumento de Luciano Hang.

“Alguém consegue imaginar uma Estátua da Liberdade em Olinda, Ouro Preto ou Diamantina? Não dá. A exemplo de São Luís, são cidades tombadas pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. Em qualquer um desses sítios urbanos, instituições como o Iphan reagiriam com rigor”, escrevem os organizadores, que afirmam que a Estátua da Liberdade da Havan insulta a história da cidade.

Nem todas as lojas da Havan tem o monumento na frente. A petição questiona a quem interessa a instalação da réplica na cidade e pede a “resistência do povo de São Luís”.

Com informações do Metrópoles

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