Fraude

Fraude: vereador branco ingressa em universidade pública pela cota de negros

Mais um caso de fraude em cota raciais foi registrado. Incapaz de disputar legalmente uma das vagas para o mestrado em Direto da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o advogado branco e vereador no município de Carutapera, Felisberto Freitas (Republicanos), se passou por negro e fraudou as cotas destinadas a esses candidatos. Porém, ele foi descoberto e agora está sendo denunciado pelo Ministério Público (MP). 

Fenotipicamente branco, o Felisberto se inscreveu para concorrer a uma das vagas no Mestrado em Direito UFPel declarando-se como negro, logo, buscando acesso pelo sistema de cotas raciais, sistema esse criado para atender aos candidatos pretos e pardos.

O fraudador chegou a ser aprovado em todas as etapas da seleção. No entanto, na etapa da hetoidentificação, que consiste na entrevista junto à Comissão de Controle na Identificação do Componente Étnico-Racial, foi descoberta a irregularidade.

Seu pedido para entrar no mestrado pela cota de negros foi negado. Inconformado, ele entrou com um recurso administrativo visando ser reconhecido como negro, mas a banca examinadora, acertadamente, manteve o indeferimento.

Ainda não satisfeito, ele se utilizou da justiça e entrou com uma ação contra a UFPel objetivando, em sede de tutela de urgência, que fosse garantida a sua vaga e a matrícula no curso de Mestrado em Direito. 

Atualmente, o vereador está cursando o mestrado em uma vaga destinada para pessoas que, de fato, são consideradas pretas ou pardas. Além das dificuldades impostas pelo racismo estrutural da sociedade, as pessoas negras ainda têm de lidar com aqueles que usurpam as suas vagas nas universidades, como é o caso do parlamentar. 

Nas eleições de 2020, Felisberto Freitas foi eleito vereador no município de Carutapera pelo Partido Republicanos como 299 votos. Como advogado e funcionário público, deveria ser um exemplo de boa conduta para os carutaperense, mas não é o que está fazendo.

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