A Comissão Mista de Orçamento (CMO) da Câmara Federal aprovou nesta segunda-feira, 6, em votação simbólica, o texto preliminar que garante as emendas de relator, conhecidas como “orçamento secreto”, no projeto de lei orçamentária do próximo ano. 

Em tom irônico o deputado federal Hildo Rocha (MDB) explicou como funcionará a “distribuição” desses recursos. 

“O que é o orçamento secreto? São esses R$ 16,2 bilhões secretos. É o famoso [orçamento] secreto, no qual duas pessoas, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, entregam [os recursos] para quem eles querem, do jeito que quiserem, mas tem que ter a condicionante: votar em quem eles desejam, contra ou a favor, geralmente a favor do governo em matérias mais polêmicas”, afirmou. 

O parlamentar afirmou ainda que o deputado Hugo Leal (PSD-RJ), relator geral do orçamento de 2022, será uma espécie de ministro de estado. Claudio Cajado (PP-BA), um dos vice-líderes do governo Bolsonaro no Congresso, fez a defesa do colega, dizendo que Leal poderá aceitar ou não as sugestões de Pacheco e Lira.

Hildo Rocha, por sua vez, rebateu com ironia, sugerindo que o esquema é combinado com o Planalto. “Mas é a combinação da rachadinha: não é assim que diz lá no Planalto?”, questionou o emedebista.