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Depois do “sarneysismo”, Brandão inventa “dinismo”

O Maranhão demorou 50 anos pra se livrar da família Sarney. Venceu eles em 2006 com Jackson Lago, que foi tirado do poder por um golpe jurídico. Saiu de cabeça erguida e disse que manteria a luta.

A oposição ao “sarneysismo” se unificou depois em 2014 em torno do nome de Flávio Dino, na época um jovem político que prometia acabar com o domínio de uma família só sobre o Maranhão.

Dino fez 7 anos de governo. Agora indica um poste para sua sucessão. Carlos Orleans Brandão Júnior é um político de gabinete que disputou eleição pela última vez em 2010.

No dia que foi tirado da manga do paletó para ser governador, Brandão retribuiu à altura seu criador. No Hotel Luzeiros, Brandão inventou o termo “dinismo” na política maranhense. Autodeclarou-se o “pré-candidato do dinismo” nas eleições deste ano.

E o que é o “dinismo”? Se há pelo menos três pré-candidatos que prometem manter os programas do governo Flávio Dino, o que levaria Brandão a ser o único “candidato do dinismo”? A manutenção nos cargos de uma ‘família Dino’ de assessores, amigos, asseclas e babões no Leões?

Jackson governou sem “jackismo”. A oposição dos Sarney nunca propôs tirar o clã para colocar outro “ismo”. O Maranhão agora vai engolir essa?

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