Governo acéfalo

Ausência de Brandão completa um mês e aprofunda crise no Maranhão

Carlos Brandão completa nesta sexta-feira (17) um mês afastado do Palácio dos Leões.

O governador-tampão saiu do estado com a promessa de que faria uma cirurgia simples em São Paulo, que inclusive poderia ser adiada, e em breve estaria de volta, mas não foi o que aconteceu.

Afastado de qualquer atividade política, Brandão segue internado em um hospital de São Paulo e abandonado pelos comunistas que estiveram outrora ao seu lado, inclusive pelo próprio ex-governador Flávio Dino, que até o momento não desejou sequer uma boa recuperação para a sua “escolha pessoal”.

A licença de Brandão expira na próxima segunda-feira (20), mas já se comenta nos bastidores que, mais uma vez, ele pedirá uma prorrogação, podendo retornar ao comando do governo apenas em julho. 

A situação deixa claro que o problema de saúde que ele disse ser simples, na verdade, é bem mais sério do que se esperava. 

Mais complicada que a saúde do governador-tampão está a situação político-administrativa do Maranhão. O desembargador Paulo Velten, que assumiu interinamente o governo, limita-se a entregar cestas básicas, peixes, caixas de isopor e capacetes brancos para a população. 

Enquanto isso, problemas das mais diversas ordens explodem no Maranhão, como a crise no serviço de ferryboat e o aumento da violência. Soma-se a isso as antigas situações já existentes no estado e que os comunossocialistas evitam discutir, como os baixos indicadores econômicos e sociais que afetam diariamente milhares de famílias maranhenses.

Os aliados de Brandão já começaram a deixá-lo à própria sorte, o que mostra uma desmobilização em torno da sua pré-campanha. Por isso, o nome de Felipe Camarão, que até então está ocupando o cargo de vice na chapa brandonista, começa a ganhar mais força para encabeçar a candidatura majoritária ao Palácio dos Leões. 

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