Caso João Bosco

Executado por causa de propina, João Bosco era servidor da Secretaria de Educação

Assassinado em uma discussão por causa do pagamento de propina, o empresário João Bosco Sobrinho Pereira Oliveira era servidor da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), pasta essa de onde saiu o valor de R$ 778 mil que resultou em sua morte, no dia 19 de agosto. 

A revelação foi feita pelo jornalista Marco D’Eça na manhã desta sexta-feira, 23. João Bosco exercia, desde novembro do ano passado,  o cargo comissionado de Auxiliar Técnico II (símbolo DAI-5) na Seduc. A sua nomeação foi assinada por Felipe Camarão (PT), que na época era o titular da Secretaria de Educação e hoje é o vice na chapa de Carlos Brandão (PSB) para o Governo do Estado. 

A nomeação de Bosco foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) e, no dia 14 de dezembro do ano passado, foi publicada nova resolução no Diário, “retificando a nomeação para o cargo de Auxiliar Técnico”. Para o exercício do cargo, Bosco recebia uma remuneração mensal de R$ 1.212,00.

Uma consulta na manhã desta sexta-feira, 23, no Portal da Transparência do Governo do Estado mostra que João Bosco não apenas recebeu os proventos do mês de agosto como seu vínculo ainda continua como “ativo”, mesmo após a sua morte. 

João Bosco foi morto no dia 19 de agosto em frente ao Edifício Tech Office, em São Luís, momentos após se reunir com Daniel Itapary Brandão, sobrinho do governador Carlos Brandão e titular da Secretaria Estadual de Monitoramento de Ações Governamentais (SEMAG); o vereador Beto Castro (Avante), aliado do governo; e Gibson Cutrim, assassino confesso.

Em depoimento à polícia, Gilbson disse que cometeu o assassinato, pois estava sendo ameaçado por Bosco a repassar 50% de propina em cima de um valor de R$ 778 mil oriundo do pagamento, por parte da Seduc, para empresa de vigilância que estava inapta.

O encontro naquela dia foi articulado pelo próprio Daniel Brandão, que até o momento se mantém em silêncio sobre o caso, assim como toda a cúpula do Governo do Maranhão. 

 

Comentários estão desativados

Os comentários estão desativados.