Dino aproveita omissão de Bolsonaro e “assume” Justiça antes da hora
Com a “vacância geral da República”, estabelecida após a quarentena de Jair Bolsonaro (PL) – postura igualmente adotada por ministros mais próximos ao presidente –, o ex-governador Flávio Dino (PSB) tomou a frente da Justiça e Segurança Pública antes do previsto.
As depredações e incêndios de veículos promovidos por manifestantes na noite desta segunda-feira (12/12), em Brasília, na data em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) foram diplomados pelo TSE, levaram a um caos generalizado na capital federal.
Dado o silêncio do atual titular do MJSP, Anderson Torres, e do delegado-geral da PF, Márcio Nunes, Dino e Andrei Rodrigues – que assumirão oficialmente seus postos em 1º de janeiro de 2023 – ladearam o secretário de segurança pública do DF, Júlio Danilo, durante coletiva de imprensa para tratar dos atos.
Com o apoio da imprensa, Dino assumiu o protagonismo da ação e, em fala realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), garantiu que o presidente eleito não foi exposto a qualquer risco diante dos ocorridos. Disse também que medidas para responsabilizar os culpados foram tomadas e que o processo de identificar e punir os vândalos vai prosseguir nos próximos dias.
Após o anúncio da coletiva de imprensa da futura cúpula de segurança federal, Anderson Torres surgiu nas redes sociais com o tweet abaixo:
Desde o início das manifestações em Brasília, o @JusticaGovBR , por meio da @policiafederal, manteve estreito contato com a @secsegurancadf e com o @Gov_DF , a fim de conter a violência, e restabelecer a ordem. Tudo será apurado e esclarecido. Situação normalizando no momento.
— Anderson Torres (@andersongtorres) December 13, 2022
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