FLEXIBILIZAÇÃO

Dino é criticado por afrouxar regras para indicações à Polícia Federal

Para acomodar Andrei Rodrigues na diretoria-geral da Polícia Federal, Flávio Dino (PSB) precisou flexibilizar alguns requisitos.

Portaria datada de 2018 exigia que diretores da corporação teriam de ser delegados de classe especial, com mais de 10 anos no exercício do cargo e com passagem por posto em comissão do “Grupo Direção e Assessoramento Superior —DAS 101.3 ou superior por, no mínimo, 1 (um) ano”.

Dino reduziu os requisitos necessários e, a partir de agora, o delegado precisa apenas ser da classe especial para ser indicado para uma diretoria. O mesmo critério passa a valer para a nomeação do corregedor do órgão.

Com a antiga formulação da portaria, os delegados precisariam ter ocupado o cargo de coordenador ou superintendente regional por ao menos um ano antes de serem indicados para as diretorias da PF.

Alguns delegados da instituição, procurados pela Folha de S.Paulo, veem o afrouxamento como um retrocesso no sistema de governança interna da PF, uma vez que ele reduz a necessidade de experiência em gestão para os delegados interessados no cargo de direção.

Segundo esses policiais, a imposição do requisito era fruto do aperfeiçoamento da governança interna e foi sugerida no passado por órgãos de fiscalização do próprio Governo Federal.

O afrouxamento foi a primeira medida tomada por Dino em relação a mudanças na PF.

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