A recondução do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência da Câmara Alta, em uma disputa acirrada com Rogério Marinho (PL-RN) – vencida por 49 a 32 pelo primeiro -, ficou marcada pelo protagonismo dos senadores maranhenses.

Eliziane Gama (PSD), Flávio Dino (PSB) e Weverton Rocha (PDT) irmanaram-se na primeira decisão conjunta que tomaram enquanto representantes do Maranhão no Senado Federal.

A senadora maranhense trocou de legenda partidária em meio ao processo. O antigo partido de Eliziane, o Cidadania, já não tinha estatura para abrigar a parlamentar. Limitaria a atuação importante que se vislumbra a ela para a segunda metade de seu mandato.

Ao aderir ao PSD, a senadora ratificou sua posição em apoio à recondução do, agora, colega de legenda.

Flávio Dino (PSB) assumiu o mandato para o qual foi eleito neste 1º de fevereiro. Licenciou-se do Ministério da Justiça e Segurança não apenas para tal, mas também para assegurar a reeleição do senador mineiro.

Pacheco era a preferência de Lula para a presidência da Casa. Dispor de um de seus principais ministros para participar da votação foi fundamental para garantir isso.

Cumprida sua primeira missão como Senador da República, Dino retorna à Esplanada dos Ministérios e cede assento à Ana Paula Lobato (PSB), cuja presença desequilibra em favor das mulheres como maioria na representação maranhense no Senado Federal.

Por fim, a fundamental articulação política de Weverton Rocha (PDT). Na véspera da votação, uma vez mais demonstrando sua habilidade aglutinadora e disposição ao diálogo, o pedetista reuniu mais de 20 senadores em sua residência, sacramentando importantes votos a Pacheco – mais do que a diferença de 17 votos finais entre ele e Marinho.

Até mesmo um senador que havia declarado voto no adversário do presidente da Casa reeleito esteve presente.

Os três, Eliziane, Dino e Weverton, demonstraram que as diferenças características dos períodos eleitorais são da natureza da política e não estão acima das questões fundamentais e caras ao povo do Maranhão. O sinal dado na eleição do comando da Mesa Diretora do Senado foi claro.