O Supremo Tribunal Federal (STF) dará continuidade, nesta quarta-feira (17), ao julgamento da ação penal movida contra o ex-senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Collor é réu e enfrenta acusações de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e participação em organização criminosa. Caso condenado, a pena máxima pode passar dos 22 anos de prisão.

Na semana passada, a Procuradoria Geral da República (PGR) expressou seu apoio à condenação do ex-senador, por meio da vice-procuradora geral, Lindora Araújo. Por sua vez, a defesa de Collor argumenta a falta de provas nas denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF), como o suposto recebimento de R$ 30 milhões em propinas da BR Distribuidora em troca da facilitação de contratos irregulares.

“Minha convicção plena é que se trata de uma ação penal que merece ser completamente descartada, pois o Ministério Público não apresentou nenhuma evidência substancial, e não poderia tê-lo feito, pois os fatos alegados não ocorreram conforme indicado na denúncia”, declarou Marcelo Bessa, advogado de Collor, durante sua argumentação na tribuna.

O pedido encaminhado por Lindora ao STF prevê uma pena de 22 anos e 8 meses de prisão para o ex-senador.