Mato, esqueletos de ferro e milhares de casas deterioradas sem se tornarem um lar. Essa é a realidade encontrada em três obras de custos milionários que estão paralisadas em diversos pontos de Imperatriz.

Naquela que deveria ser a Central de Abastecimento (Ceasa) de Imperatriz, existe apenas mato e algumas vigas de concreto. O contrato para a realização da obra foi de R$ 1.403.437,11. As obras deveriam ter sido concluídas no ano passado. Um imbróglio entre empresas e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) seria o responsável pelos prejuízos que se arrastam desde 2021.

O futuro Fórum de Imperatriz, orçado inicialmente em R$ 147 milhões, é um grande emaranhado de ferro e concreto sem conclusão. Os prejuízos com a paralisação dos serviços já ultrapassam os R$ 70 milhões. Uma nova empresa, contratada pelo Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), promete entregar a obra nos próximos 18 meses.

Até mesmo no setor habitacional existe defasagem. 2.837 casas do Residencial Canto da Serra, que deveriam servir de moradia para milhares de famílias, estão em estado de degradação pela ação do tempo. São visíveis as rachaduras, infiltrações e telhas destruídas devido à ausência de manutenção e à não entrega do empreendimento. Mais de 100 milhões de reais foram aplicados nas unidades. A prefeitura de Imperatriz anunciou recentemente a retomada dos serviços por meio de duas empresas contratadas.