O presidente da Câmara dos Deputados decidiu diminuir a tensão em relação ao governo depois do “tiro de aviso” disparado por Flávio Dino (PSB), ministro da Justiça e Segurança Pública, na semana passada.

Após a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na segunda-feira, Arthur Lira (PP) fez gestos de apoio ao Palácio do Planalto ao reconhecer oficialmente, por meio de um ato da Mesa Diretora da Câmara, a cassação do mandato do ex-procurador Deltan Dallagnol.

O “aceite” veio por meio do Supremo Tribunal Federal, em reciprocidade ao aceno da Câmara, ao rejeitar denúncia contra Lira por suposta corrupção passiva nesta terça-feira.

Setoristas políticos do Maranhão e do Distrito Federal atribuem erroneamente a convocação de Dino pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro como um ato de retaliação do deputado ao ex-governador. No entanto, a interpretação deveria ser diferente.

No meio das investigações sobre o suposto desvio de recursos destinados à compra de kits de robótica por assessores do presidente da Câmara em Alagoas, Lira decidiu adotar uma abordagem mais cautelosa e apaziguar os ânimos.

Pelo menos por enquanto…