Hoje no centro de uma crise política provocada por mensagens ofensivas vazadas, o vice-governador Felipe Camarão havia feito, em 2021, um alerta público sobre os riscos jurídicos de vazar conversas de WhatsApp. À época, Camarão gravou um vídeo em que citava decisão da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), segundo a qual o compartilhamento não autorizado de prints pode gerar indenização por danos morais.

No vídeo, ele frisava que “a pessoa que conversa com outra no WhatsApp tem a legítima expectativa de privacidade” e que, caso o conteúdo vazado gere danos, “isso gera indenização”. O posicionamento — gravado quase quatro anos antes do episódio atual — ressurgiu nas redes sociais e tem sido lembrado diante do escândalo em que o próprio vice-governador figura como autor de mensagens de cunho sexista, atribuídas a ele, contra a deputada Mical Damasceno.

As mensagens, segundo laudo pericial, foram extraídas do celular do blogueiro Victor Landim e o fato elevou a tensão política no Maranhão, provocando inclusive pedido de processo disciplinar na Assembleia Legislativa contra o petista.

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