O empresário maranhense Eduardo José Barros Costa, mais conhecido como Eduardo DP ou Eduardo Imperador, movimentou as ruas de Dom Pedro e Codó no último fim de semana com o “Bloquinho do DP”. O evento, que contou com atrações como Avine Vinny, Átila Pivete e a banda Mix In Brazil, também serviu para reforçar a pré-candidatura de sua mulher, Larissa DP, à Câmara dos Deputados em 2026.

Paralelamente à festa, Eduardo DP segue sob investigação da Polícia Federal por suposto envolvimento em um esquema de cobrança de comissões sobre emendas parlamentares. A PF identificou um Pix de R$ 5 mil feito pelo empresário para Cristiane Leal Sampaio, atual secretária nacional de Políticas de Turismo, que na época do pagamento, em 2022, trabalhava no Congresso como assessora do atual vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes (PL-TO). Segundo os investigadores, a transação foi intermediada por João Batista de Magalhães, apontado como um “corretor de emendas” para prefeituras do interior.

A investigação apura a suposta participação de três deputados do PL no esquema: Josimar Maranhãozinho (MA), Pastor Gil (MA) e Bosco Costa (SE). Segundo o relatório da PF, o grupo cobrava a devolução de 25% dos recursos destinados à saúde no município de São José de Ribamar, na região metropolitana de São Luís. Eduardo DP já foi preso duas vezes por suspeitas ligadas ao caso.

Enquanto enfrenta o escrutínio da Justiça, Eduardo DP mantém seus planos políticos. A pré-candidatura de Larissa DP foi anunciada oficialmente no final do ano passado e ganhou destaque no bloco carnavalesco promovido pelo empresário. Em discurso registrado pelo blog do jornalista Marco Silva, ele reforçou sua intenção de lançar a esposa na disputa eleitoral: “Meu pai me ensinou que quem chega cedo no açude bebe água limpa. Por isso estou anunciando que minha esposa é pré-candidata a deputada federal. Assim, meus amigos não terão desculpa de dizer que não foram avisados com antecedência”, afirmou.

Segundo o jornal O Estado de São Paulo, além da candidatura de Larissa, Eduardo DP articula nos bastidores a possível entrada de seu irmão, Rômulo César Barros Costa, na corrida por uma vaga na Câmara dos Deputados, pelo Estado do Tocantins. Até o momento, nenhum dos dois tem filiação partidária confirmada, e a escolha da legenda deve ser feita no momento mais estratégico possível, conforme apurou a imprensa maranhense.

Procurado pelo Estadão para comentar as acusações, Eduardo DP visualizou as mensagens, mas não respondeu. Em manifestações anteriores, negou qualquer irregularidade.