Desvios da Educação chegavam a 35% dos contratos em Presidente Dutra
Um relatório da Polícia Federal sobre a operação Lei do Retorno revelou que contratos da área da Educação no município de Presidente Dutra foram alvo de um esquema de corrupção com cobrança de propinas que chegavam a 35% do valor contratado. Segundo o colunista Fábio Serapião, do Metrópoles, o modelo consistia em acertos prévios entre empresas fornecedoras e servidores públicos, que recebiam parte do recurso após os pagamentos.
Mensagens interceptadas pela PF mostram um intermediário afirmando que a contratação seria feita por inexigibilidade, modalidade sem necessidade de licitação, e que “ficou em 35”, em referência ao percentual de propina. Para os investigadores, a negociação comprova o envolvimento de integrantes da prefeitura no esquema.
Deflagrada em agosto, a operação apura desvios estimados em R$ 50 milhões em municípios maranhenses. Em duas fases, já foram cumpridos mais de 90 mandados de busca, com apreensão de R$ 2,5 milhões em dinheiro, veículos e joias. Os investigados podem responder por organização criminosa, corrupção, peculato, fraude em licitação e lavagem de dinheiro, crimes que juntos podem resultar em até 52 anos de prisão.
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