
“Ele tava falando que ia acabar matando”, dizem colegas sobre tenente que matou capitão da PM em São Luís
O assassinato do Capitão QOPMA Breno Marques Cruz, comandante do Corpo de Alunos da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), na manhã desta quinta-feira (29), em São Luís, foi antecedido por desentendimentos e ameaças explícitas feitas pelo autor dos disparos, o Tenente Cássio de Almeida Soares. O oficial, que está preso no Comando Geral da corporação, já havia manifestado a intenção de matar colegas, segundo relatos de outros policiais militares.
Áudios obtidos pelo portal O Informante mostram que Cássio chegou a mencionar nominalmente os capitães Breno e Vilar como alvos de sua insatisfação. “Ele tava falando mesmo que ia acabar matando um capitão. Eu disse: ‘Tenente, não faz isso não, isso é o inimigo que fica assombrando’. Mas ele respondeu: ‘O capitão tá me perseguindo direto, senhor. Por isso que eu vim pro primeiro batalhão’”, relatou um policial em uma das gravações.
Segundo os áudios, o tenente havia sido recentemente transferido para o 1º BPM devido a atritos com os dois capitães. Na manhã do crime, voltou à Academia de Polícia Militar — onde já havia atuado — e procurou inicialmente o Capitão Vilar. Ao saber que ele não estava, dirigiu-se até o Capitão Breno e atirou à queima-roupa. Atingido no tórax, Breno foi socorrido e levado ao Hospital do Servidor, mas não resistiu.
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2 respostas para ““Ele tava falando que ia acabar matando”, dizem colegas sobre tenente que matou capitão da PM em São Luís”
Se ele ja tinha ameaçado, a boca só fala do que o coraçaô esta cheio. O odio abre as portas pra tudo de ruim!!!! Que deus abençoe seus familiares.
A situação da Polícia Militar do Maranhão é alarmante e inaceitável. A desestruturação e desmotivação da corporação refletem a falta de apoio efetivo por parte do Governador Carlos Brandão. Enquanto a violência e os crimes dentro da própria instituição aumentam, as ações do governo se limitam a notas vazias nas redes sociais.
O assassinato do Capitão Breno pelo Tenente Cássio é um triste exemplo do colapso emocional e psicológico que os policiais enfrentam. A falta de suporte psicológico, treinamento adequado e condições de trabalho dignas são evidentes. O alto comando, flagrado em escândalos, demonstra que a liderança não está comprometida em proteger e valorizar aqueles que arriscam suas vidas pela segurança da população.
É hora de cobrar ações concretas e urgentes do governador. A segurança pública não pode ser tratada como um mero discurso político; precisa de investimentos reais e uma gestão responsável. A Polícia Militar do Maranhão merece mais respeito e atenção, não apenas palavras jogadas ao vento.