Quando o palco era deles, comunossocialista nenhum chiava

A gritaria de comunossocialistas contra a contratação de artistas nacionais para festas no Maranhão virou repeteco nos últimos dois anos. Em discursos inflamados na Assembleia e nas redes sociais, acusam a gestão atual de promover eventos com atrações “desconectadas” da cultura maranhense, enquanto questionam o uso de recursos públicos.
Mas o discurso não resiste ao teste do tempo. Durante os oito anos de Flávio Dino no comando do Estado, ninguém se incomodou com os cachês pagos a Dinho Ouro Preto, Vanessa da Mata, Maria Rita e Leci Brandão. Nenhum pio.
Foi também na era Dino que Alcione, maior nome da música maranhense, ficou longe da programação oficial. Enquanto isso, o tradicional circuito do Carnaval da Rua do Passeio foi substituído pela Beira-Mar, tomada por mega shows que empurraram as manifestações populares para escanteio.
A súbita defesa da cultura local soa mais como oportunismo do que princípio. Porque, se há algo que salta aos olhos, é o silêncio conveniente de quem ontem aplaudia — e hoje finge indignação.
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