“Saúde de primeiro mundo” de Murad colocou Maranhão com os piores índices na área

Os esquemas desvendados pela operação “Sermão aos Peixes” evidenciam a triste realidade da saúde no Maranhão. Os R$ 1,2 bilhão desviados para a pasta no Estado pela organização criminosa liderada pelo ex-secretário Ricardo Murad, demonstram os motivos que fizeram da saúde maranhense uma das piores do Brasil.
Mesmo o cunhado da ex-governadora Roseana Sarney vociferando aos quatro cantos que “a saúde no Maranhão é de primeiro mundo”, o que se enxerga na realidade é um sistema sucateado, com índices alarmantes e uma série de aberrações no planejamento da construção de hospitais, já que as estruturas de 20 leitos não são reconhecidas pelo SUS, o que dificulta o custeio e, consequentemente, o pleno funcionamento dessas unidades.
Em matéria divulgada no início do ano pela Revista Exame sobre os indicadores de saúde dos estados brasileiros, o Maranhão apareceu três vezes em último e uma em penúltimo no levantamento dos cinco itens pesquisados. O Estado tem a maior taxa de mortalidade infantil, o pior número de médicos por mil habitantes e a pior esperança de vida ao nascer.
Em relação a despesa per capita em saúde, o Maranhão aparece em 26º, ou seja, em penúltimo entre os estados da Federação. A melhor posição no ranking pesquisado é em relação a leitos por mil habitantes, onde o Maranhão aparece em 19º, mas mesmo assim ainda entre os piores do Brasil.
No mundo midiático dos Murad/Sarney, a saúde do Maranhão era vendida como de primeiro mundo, com hospitais e atendimentos de excelência. Mas a triste realidade dos números comprova que o rombo bilionário na saúde custou muito caro ao povo maranhense.
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