Você também se irrita com o circo que os políticos fazem na CPI?
Blog do Renato Jordão
O telespectador que acompanha a novela da Petrobras, que começou em março de 2014 com a Operação Lava Jato e ganhou uma nova dinâmica com a entrada em cena da “lista” de políticos, deve ficar atento.
São muitos os holofotes!
Há a CPI e seus depoentes tortuosos, alimentando versões que podem colar ou não, mesmo quando apresentadas sem provas ou mesmo quando recheadas de contradições. Não importa.
Há os vazamentos selecionados de investigações em curso da Polícia Federal e Ministério Público, na maior parte das vezes retirados de contexto, circulados pela imprensa sem apuração prévia. A busca pela audiência se mistura ao ímpeto de atacar o adversário político principal, no caso de agora o PT e o governo.
Quando a corrupção vira espetáculo, a versão vale mais do que o fato. É preciso queimar o adversário a qualquer custo.
O espetáculo não favorece a investigação. Pelo contrário, por conta de vazamentos e provas mal colhidas, diferentes “operações” no passado acabaram anuladas pela Justiça.
Ao espalhar versões, que depois não se sustentam em fatos, a corrupção como espetáculo gera uma expectativa na plateia que depois não se cumpre. Pior: dá uma sensação de que os cães ladram e a caravana passa.
Em meio a tudo isso, torna-se tarefa complexa acompanhar o que vemos na TV e nos jornais. Mas sempre valerá a pena insistir: o que é verdade, o que é mentira? O que se sustenta apenas até a próxima manchete?
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