Após a queda da ponte de Estreito, entre o Maranhão e o Tocantins, o currículo do ex-deputado federal João Marcelo Souza para chefiar a superintendência do DNIT no Maranhão passou a ser questionado. Psicólogo de formação, ele substituiu o engenheiro de carreira Glauco Silva na função, por indicação feita pelo MDB e atribuída ao apoio da família Sarney. 

O decreto que rege cargos de confiança no governo federal estabelece que as funções devem ser ocupadas por profissionais com formação ou experiência compatível. Em seleções anteriores, o DNIT exigiu formação em engenharia civil e experiência mínima de quatro anos em áreas correlatas.  

No currículo disponibilizado no site do DNIT, João Marcelo se define como “um psicólogo atuante na política há mais de uma década”, sem mencionar, no entanto, qualificações técnicas em infraestrutura, área de atuação central do órgão. 

Ao portal Uol, João Marcelo reafirmou que sua indicação foi baseada na experiência como deputado federal por oito anos, argumentando que “o critério de formação, se aplicado, eliminaria outros gestores”. Ele também comparou sua nomeação à de José Serra, que comandou o Ministério da Saúde sem ser médico.