A desembargadora maranhense Angela Salazar, reconhecida por sua atuação em defesa dos direitos humanos, presidiu nesta quinta-feira (5) o painel “Equidade Racial no Direito Comparado: Brasil, Estados Unidos e África do Sul”, no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A iniciativa integrou o 1º Simpósio Internacional pela Equidade Racial, que reuniu juristas, acadêmicos e lideranças sociais para discutir desafios e soluções para o enfrentamento do racismo estrutural.

Em seu discurso, Salazar destacou o papel do evento como espaço de reflexão sobre as desigualdades raciais persistentes no Brasil e em outros países. “A lógica racista e preconceituosa ainda é extremamente forte no imaginário da sociedade brasileira, o que, por certo, obstaculiza a materialização dos direitos humanos do povo negro”, afirmou. A magistrada enfatizou que, embora a legislação brasileira assegure igualdade formal, a prática revela um cenário de exclusão e discriminação.

A desembargadora também elogiou aqueles que se dedicam à promoção da justiça racial e reforçou a necessidade de políticas públicas eficazes para a superação das desigualdades. “Só alcançaremos a equidade racial com políticas institucionais efetivas e o comprometimento social de negros e não negros”, defendeu.

O simpósio, promovido pelo STJ, contou com dois dias de debates e troca de experiências entre especialistas do Brasil e do exterior. A participação de Salazar no evento destacou o protagonismo de magistrados maranhenses na pauta de direitos humanos, ampliando a visibilidade do Judiciário local no cenário nacional.

Com uma programação diversificada, o encontro reforçou a urgência de medidas concretas para combater as desigualdades raciais e consolidar uma sociedade mais justa e inclusiva.