O ministro Gilmar Mendes rejeitou nesta quarta-feira (7) o pedido feito por Fernando Sarney ao STF para suspender os efeitos do acordo que manteve Ednaldo Rodrigues na presidência da Confederação Brasileira de Futebol. O vice-presidente da entidade alegava falsidade na assinatura de Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, um dos signatários do pacto homologado pelo Supremo que mantém o baiano à frente da CBF.

Na decisão, Gilmar considerou “manifestamente incabível” o pedido de afastamento, afirmando que a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) 7580 não trata diretamente da permanência de Ednaldo no cargo, mas discute dispositivos da Lei Geral do Esporte e da Lei Pelé. O magistrado também lembrou que a decisão cautelar anteriormente proferida já perdeu validade e não produz mais efeitos.

Apesar de negar o afastamento, o ministro determinou ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que investigue, com urgência, indícios de vícios de consentimento e a autenticidade da assinatura de Coronel Nunes. A apuração deve esclarecer se houve fraude no acordo firmado entre a CBF, dirigentes e a Federação Mineira de Futebol.

Fernando Sarney alegou que não tinha pleno conhecimento de supostas irregularidades no momento da assinatura do acordo, e pediu a revogação do documento, afirmando que houve “simulação de negócio jurídico”. Outro pedido de afastamento, formulado pela deputada federal Daniela Carneiro (RJ), também foi negado por Gilmar.