PF revela códigos de propina da Educação em prefeituras no MA
Mensagens interceptadas pela Polícia Federal mostram que a cobrança de propina em contratos da Educação no Maranhão era feita por meio de códigos que variavam conforme o objeto da contratação. Em conversas reveladas pelo colunista Fabio Serapião, do Metrópoles, os investigados mencionam “35 livro; 30 projetos; 25 laboratório”, indicando percentuais diferentes de retorno ilegal para cada tipo de produto.
Segundo a PF, que obteve os dados a partir das apreensões da operação “Lei do Retorno”, os intermediários ajustavam as cobranças para manter o equilíbrio nos negócios, aplicando percentuais mais baixos em alguns contratos e elevando em outros. Em Presidente Dutra, por exemplo, um dos diálogos aponta que o acordo “ficou em 35”, confirmando o desvio sobre recursos do município.
Os investigadores também identificaram mensagens sobre Estreito, em que um suspeito fala em entregar um “presentinho” à secretária de Educação local antes de uma reunião, evidenciando o uso da propina para garantir influência nas decisões. A operação já apura o desvio de R$ 50 milhões em recursos do Fundeb, usados em contratos de materiais didáticos, laboratórios e projetos educacionais.
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