Arnaldo Melo atropelou decreto de Roseana que proibia pagamentos no apagar das luzes
Em meio ao barulho em torno da decisão de Flávio Dino (PCdoB) de anular todos os pagamentos feitos entre os dias 29, 30, 31 de dezembro, surge o decreto da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) que legitima a determinação do atual governador e coloca em evidência as irregularidades das ações do deputado estadual Arnaldo Melo (PMDB) nos últimos dias à frente do Palácio dos Leões.
Antes de passar o bastão para Arnaldo, Roseana vetou, por meio do decreto 30.153, assinado em 27 de novembro, o empenho de qualquer despesa depois do dia 10 de dezembro de 2014, data em que ela renunciou ao Governo do Maranhão.
De acordo com o decreto, que dispõe sobre as normas orçamentárias para o exercício financeiro de 2014, a liquidação de despesas estaria limitada até o último dia 22 e a emissão de ordens bancárias até 29 de dezembro.
Nos três últimos dias de seu mandato-tampão, no entanto, Melo passou por cima da decisão da antecessora e autorizou aproximadamente 400 pagamentos, que custaram aos cofres públicos cerca de R$ 50 milhões — possivelmente para contemplar aliados políticos.
Entre os pagamentos fora do prazo aparecem transferências milionárias feitas na virada do ano às empresas da família Melo: A Clínica do Coração, a Clínica São Sebastião e a Melo e Alves Ltda.
Portanto, caem por terra as críticas de agentes do grupo Sarney e o discurso da mídia sarneyzista que acusa o novo governo de agir arbitrariamente em relação aos repasses ilegais.
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