Preso preventivamente desde quinta-feira por acusações de ameaças, extorsão, agressão e divulgação de fake news e pesquisas eleitorais irregulares, Alessandro Martins buscou ampliar a repercussão de suas polêmicas, turbinando seu Instagram com mais de 2 milhões de seguidores adquiridos de empresas especializadas em engajamento.

Ao analisar o alcance das últimas postagens de Alessandro, é possível constatar que ele teria, no máximo, 100 mil seguidores conquistados organicamente, considerando o percentual de entrega dos algoritmos do Instagram. Os demais, conforme apuração do Marrapá, foram adquiridos por influencers contratados a peso de ouro.

Na semana passada, pouco antes da prisão, Alessandro revelou publicamente um dado importante que demonstra o verdadeiro tamanho de seu perfil. Em um mês, sua conta alcançou apenas 800 mil pessoas, apesar de ter 2,5 milhões de seguidores, um forte indício da nova fraude do empresário lembrado pelo escândalo da Euromar. Para efeitos de comparação, no mesmo período, a página do Marrapá alcançou 1,5 milhão de pessoas com apenas 35 mil seguidores.

Uma busca rápida revela que a maioria dos perfis que seguem Alessandro tem pouca ou quase nenhuma atividade no Instagram, com fotos falsas, nomes de usuários cheios de números e aparência de estrangeiros. Os serviços que oferecem esses perfis costumam cobrar cerca de R$ 100 mil por cada milhão de seguidores.