Inquérito sigiloso

Braço armado e Pacovan: os detalhes da investigação contra Josimar e Pastor Gil

Segundo a Polícia Federal, um grupo do qual faziam parte os deputados federais maranhenses Pastor Gil (PL) e Josimar Maranhãozinho (PL) utilizava um “braço armado” para cobrar prefeitos em troca de parte dos recursos enviados. A informação foi confirmada pelo O Globo, que teve acesso a depoimentos da investigação.

Abraão Nunes Martins Neto, cabo reformado da Polícia Militar do Maranhão, admitiu que foi recrutado para cobrar dívidas de prefeitos, recebendo uma comissão de 10%. Ele alegou desconhecer que os valores provinham de emendas parlamentares e afirmou que realizava as cobranças pessoalmente nas prefeituras ou nas casas dos gestores.

As investigações começaram após um prefeito denunciar à polícia ter sido cobrado pelo bando de Pacovan. Assassinado posteriormente, o agiota foi apontado como intermediário entre os deputados e os cobradores, mas negou envolvimento.

O ex-prefeito de São José de Ribamar, Eudes Sampaio, relatou extorsões e apresentou documentos detalhando os recursos alvo das cobranças, que somavam R$ 6,6 milhões.

A denúncia foi apresentada em um inquérito sigiloso no Supremo Tribunal Federal (STF). Além dos parlamentares maranhenses, outros sete suspeitos são investigados.

Em dezembro de 2020, uma operação apreendeu carros em nome de prefeitos, cheques de mais de R$ 1 milhão e uma planilha com informações sobre emendas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *