Os 70,12% dos votos obtidos por Eduardo Braide (PSD) na eleição para prefeito de São Luís não garantiram apenas sua permanência no Palácio La Ravardière. O resultado o consagra como a maior liderança política da cidade em décadas, superando um recorde que durava mais de 30 anos. Com 403.981 votos nominais, Braide alcançou a maior votação da história do município.
O concorrente mais próximo desse feito foi Conceição Andrade (PSB), que, em 1992, conquistou 64,1% dos votos (137.687) em uma disputa no segundo turno contra João Alberto, do PFL, que somou 35,9%.
Em 2000, Jackson Lago (PDT), uma figura histórica da esquerda, foi reconduzido à prefeitura no primeiro turno com 53,24% dos votos (194.109). Seu vice, Tadeu Palácio (PDT), assumiu a chefia do Executivo durante o mandato e, na eleição seguinte, conseguiu a reeleição com 50,21% (221.854), também no primeiro turno.
Outros nomes relevantes não chegaram perto do feito de Braide. Um exemplo é João Castelo (PSDB), que, apesar de sua trajetória como ex-governador, deputado e senador, perdeu três eleições, duas para Jackson e Tadeu. Após vencer em 2008 com 55,84% dos votos (271.014) no segundo turno, foi derrotado em 2012 por Edivaldo Holanda Júnior (PTC).
Flávio Dino, atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e uma das principais lideranças de esquerda no país, também enfrentou dificuldades na “Ilha Rebelde”. Em 2008, concorrendo contra Castelo pelo PCdoB, obteve 44,16% dos votos (167.436) no segundo turno.
O cenário se repetiu com seu aliado Duarte Júnior (PSB) em 2024, que alcançou apenas 22,56% dos votos (129.962), mesmo contando com o apoio de 12 partidos e alianças incomuns, como PT e PL.
Embora negue publicamente interesse em disputar o governo estadual, Braide é visto como um nome competitivo para a corrida ao Palácio dos Leões em 2026. Seu desempenho expressivo no principal colégio eleitoral do Maranhão reforça essa perspectiva.
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