Foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (1º) o afastamento do comandante Schnneyder de suas atribuições como subsecretário de Segurança Pública (SSP) do Maranhão.

A decisão ocorre em meio a pressões enfrentadas pelo governo estadual, após denúncias de suposto uso político das forças de segurança nas eleições deste ano, especialmente em Timon, base do subsecretário afastado.

Ex-pré-candidato à prefeitura de Timon, Schnneyder retirou sua candidatura para apoiar o deputado estadual Rafael (PSB). Em troca, assumiu o cargo de “número dois” na hierarquia da segurança pública estadual.

Contudo, sua atuação tem sido contestada. Enquanto grandes cidades, como São Luís, Imperatriz e a própria Timon, enfrentam crises de segurança sem precedentes, Schnneyder se envolveu intensamente nas campanhas do deputado para a prefeitura e de sua esposa, Dóris (PSD), para a Câmara Municipal de Timon.

A situação se agravou após denúncias de uso político da Polícia Militar (PM) em cidades como Coroatá e Bacabal. Nesta última, o subcomandante-geral da PM, coronel Nilson Ferreira, foi deslocado para o município após a população cercar um carro do serviço velado, sob a alegação de monitoramento do candidato Marcos Miranda (União Brasil). A força policial na cidade estava sob as ordens do coronel Marcos Túlio, ex-assessor parlamentar do rival Roberto Costa (MDB).

Em vez de atuar na sede da secretaria, em São Luís, para ajudar a conter a crise, Schnneyder tomou partido abertamente em favor de Rafael em Timon, chegando a se envolver em uma discussão com o concorrente Henrique Júnior (PL), que o acusou de negligência no cargo.

“Você está de segurança do Rafael, Schnneyder. Vai trabalhar, Schnneyder”, disparou Henrique ao vê-lo acompanhando o deputado nos bastidores do debate promovido pela TV Mirante, realizado em Teresina, no último sábado (28).