Cajueiro interdita BR 135 para protestar contra ação truculenta da WPR

Com alterações: 24 de dezembro, às 11:12

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Desde às 6h da manhã desta terça-feira (23), moradores da comunidade do Cajueiro interditaram a BR-135, na altura da Vila Maranhão, para protestar contra a demolição de dezesseis casas na comunidade. A ação ocorreu na última quinta-feira (18) e causou, além das perdas materiais, o desmaio de uma criança de apenas seis anos de idade. A população precisou socorrê-la às pressas.

Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), existe ameaça para derrubada de mais casas até o dia 1° de janeiro. O padre Clemir Mineiro, responsável pela CPT, destacou o caso da família que juntou as economias (vendeu moto e saiu do emprego) para construir uma casa melhor. Ainda segundo ele, essa família está praticamente sem nada. Sem emprego, sem transporte e sem moradia.

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“O pessoal constatou a derrubada de 16 casas. Tem o caso muito triste dessa família que mora em casa de taipa emprestada. Quer dizer, ele investiu tudo que tinha para conseguir a casa própria, mas uma empresa, sem mandato judicial nenhum, chegou e derrubou a casa dele”, relatou o padre.

De acordo com moradores, a ação foi executada por jagunços contratados pela empresa WPR. A empresa pretende construir um porto privado milionário na área que seria destinada a Reserva Extrativista do Tauá-Mirim. Em uma das últimas reuniões com a presença de representantes da empresa, abriu discussão sobre a possibilidade de grilagem de terra na área (Confira aqui).

Engarrafada nos dois sentidos, a BR foi liberada após negociação com a Polícia Rodoviária Federal. De acordo com informações, a situação ainda é tensa. A Comunidade continua inconformada.

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