
Citado em esquema de emendas, Eduardo DP quer eleger esposa e irmão
A investigação da Polícia Federal no âmbito da Operação Emendário revelou um esquema de corrupção que envolve parlamentares do PL, prefeitos, assessores, empresários maranhenses e agiotas. Um dos envolvidos é o conhecido Eduardo DP, que agora se reinventa promovendo blocos de carnaval e tenta emplacar seus próprios representantes na política.
Detalhes da investigação revelados pelo Estadão apontam que a atual secretária nacional de Políticas de Turismo, Cristiane Leal Sampaio, recebeu um Pix de R$ 5 mil do empresário por intermédio de João Batista de Magalhães, assessor do deputado Josimar Maranhãozinho, que teria solicitado a transferência como um suposto “presente de aniversário”.
Eduardo DP é figura central em diversas denúncias de corrupção, sendo apontado como o sócio oculto da construtora Construservice, envolvida em fraudes em licitações e desvios de recursos públicos. Em 2015, ele foi preso por suspeita de desviar R$ 100 milhões de 42 prefeituras do Maranhão e voltou a ser alvo da Polícia Federal na Operação Odoacro, em 2022, sobre fraudes na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
As suspeitas sobre Eduardo DP se intensificaram após a revelação de sua proximidade com o ministro das Comunicações, Juscelino Filho. A Construservice foi contratada para realizar obras de pavimentação em Vitorino Freire, município então governado pela irmã do ministro, em um projeto que incluiu a estrada que passa em frente à fazenda de Juscelino.
Além de suas ligações empresariais e políticas, que vem desde Flávio Dino e Márcio Jerry, com quem tem fotos em momentos de intimidade, Eduardo DP tem buscado expandir sua influência eleitoralmente. Ele está promovendo a candidatura de sua esposa, Larissa DP, ao cargo de deputada estadual pelo Maranhão, e de seu irmão, Rômulo Barros, para deputado federal pelo Tocantins.
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