Empresa classificada em licitação foi acusada de desviar recursos de convênio com a Petrobras

Felix Alberto, o pipoca, dono da Clara Comunicação, favorecido com recursos desviados da Petrobras. Felix Alberto, dono da Clara Comunicação, teria se beneficiado com recursos desviados da Petrobras.

Reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, em 2009, denunciou o esquema de desvios de recursos de convênios com a Petrobras envolvendo o ex-secretário Antônio Carlos Gomes Lima, o Pipoca, da Comunicação do governo Roseana Sarney e irmão do empresário Félix Alberto, proprietário da Clara Comunicação – agência que está próxima de abocanhar uma gorda fatia da conta publicitária do Governo do Maranhão.

De acordo com a reportagem, a Fundação José Sarney, agora incorporada à Fundação da Memória Republicana Brasileira, desviou para empresas fantasmas e outras ligadas ao oligarca dinheiro repassado em forma de patrocínio para um projeto cultural que nunca saiu do papel.

Uma das que se esbaldaram com o esquema foi a Clara, que teria cobrado cerca de R$ 103 mil para informatizar o acervo pessoal de José Sarney. O serviço nunca foi executado. Na ocasião, o “Gato Félix” foi procurado pela reportagem do Estadão, mas não conseguiu justificar a maracutaia.

Outra beneficiada pelo esquema foi a “Ação, Livros e Eventos’, que tinha como sócia a cunhada de Félix. A empresa faturou R$ 70 mil. Das 34 notas fornecidas por ela, 30 eram sequenciais, como se a Fundação José Sarney fosse a única cliente da empresa. Pipoca integrava o Conselho Fiscal da fundação.

O episódio resultou na exoneração de Pipoca do Ministério de Minas e Energia, na época comandado por Edison Lobão (PMDB), e serviu como estopim para o escândalo dos “Atos Secretos” no Senado Federal, que desmoralizou a imagem de Sarney e por muito pouco não resultou no afastamento dele da presidência da Casa.

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