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Falsa promessa atribuída a ex-prefeita revolta barraqueiros que pretendiam trabalhar no Arraial de Timon

Em uma sequência de áudios atribuídos à ex-prefeita Socorro Waquim (PP), a pré-candidata a vice-prefeita de Timon nas eleições municipais deste ano teria compartilhado informações inverídicas com uma trabalhadora que pretendia atuar como barraqueira no “Arraial de Timon”, evento realizado pelo Governo do Maranhão, do qual a ex-deputada estadual integra a base.

Segundo Waquim, a distribuição de espaços gratuitos aos barraqueiros na área do estacionamento do Cocais Shopping, onde o evento acontecerá entre os dias 15 e 17 de julho, ocorreria na manhã da última quarta-feira (10). Socorro explica, ainda, que não teria ingerência sobre a questão por conta de vedações estabelecidas pela Lei Eleitoral.

“Essa festa, embora a gente tenha conseguido que o governador viesse para fazer em Timon, vai ser organizada totalmente pelo Governo do Estado, porque nós já estamos em campanha eleitoral, não podemos mais estar na linha de frente. Então, deixa eu lhe dizer, o Governo vai estar aqui na quarta-feira, de manhã, e eles vão definir esse negócio de barraca, não vai ter sorteio, nada. Quem estiver lá na hora, se inscreve, eles vão dar isso aí para as pessoas, viu? É ainda melhor você fazer assim: quarta-feira você liga, eu vou também aqui, liga e eu lhe digo se o rapaz chegou ou não. Vocês vão lá, escolhem o local e se apresentam”, explicou.

Em uma segunda mensagem de voz, Socorro ratifica a informação e a preocupação em ser formalmente associada ao evento, evitando problemas com a Justiça Eleitoral.

“Está previsto que eles estarão ali na quarta-feira de manhã e já separaram o lugar para as barracas, certo? Você vai chegar lá e eles vão dar para o nosso pessoal que estiver lá, porque nós não podemos estar na estruturação do evento, entendeu? Porque é proibido por lei. Se a gente for filmado, tem processo”, disse a ex-prefeita.

Trabalhadores que receberam a informação foram ao local na manhã de quarta-feira (10), mas saíram de lá frustrados. “Nós ficamos lá feito ‘égua’, passando sol quente e fome até meio-dia. É desse jeito que tratam a gente”, disparou uma barraqueira prejudicada.

Segundo denúncias dos trabalhadores, a montagem de barracas no entorno do local estaria sendo impedida pela administração do shopping. O aluguel no espaço interno estaria custando cerca de R$ 4 mil e seria negociado pela ACB Entretenimento e Eventos, que teria sido terceirizada para a organização dos três dias de evento.

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