INIMIZADES

Flávio Dino vira desmancha roda entre ministros de Lula

O estilo peculiar do ex-governador e atual ministro Flávio Dino, já conhecido da classe política maranhense em seus tempos de mandatário dos Leões, não agregou em nada às suas relações na Esplanada dos Ministérios petista.

Bastaram sete meses de governo para Dino conquistar a antipatia geral de seus colegas. As mesmas circunstâncias que lhe favoreceram o protagonismo que conquistou neste início de gestão lhe custaram as boas relações com os demais pares, que enxergam “excesso de visibilidade e proativismo” em seu trabalho.

Ministros como Camilo Santana (Educação) e Ana Moser (Esportes) já foram vítimas da “ansiedade” de Dino, que não raro ultrapassa as atribuições de seu ministério e invade as competências dos colegas. Episódios com discussões aos gritos e telefonemas raivosos são alguns exemplos já ocorridos nas relações interministeriais.

Os entreveros geraram ao ministro o desairoso apelido de “desmancha-rodinha”. Quando chega em um grupo que conversa sobre trabalho ou amenidades, rapidamente as pessoas se afastam.

Lula tem ciência da insatisfação de seu entorno com as intromissões de Dino. Ainda assim, passa-lhe a mão na cabeça. O titular da Justiça nunca teve tanto prestígio junto ao presidente como agora, segundo um interlocutor frequente do petista, integrante da área jurídica e pouco simpático ao ministro.

Enquanto o presidente vê o ex-governador como um dos poucos de seu entorno que “vai para o embate com o bolsonarismo”, seus colegas de ministério enxergam, nas atitudes de Dino, uma forma de se impor como sucessor de Lula, seja em 2026 ou em 2030, embora haja o fato de que “sua turma cabe numa Kombi”, segundo petistas.

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