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Greve poderia ter sido contornada, não fosse a intransigência da presidente do Sindeducação

Nesta segunda-feira (04), os professores grevistas da rede municipal de São Luís voltaram às salas de aula após 34 dias de paralisação. O movimento foi suspenso depois que o Ministério Público intermediou reuniões entre a categoria e a Secretaria Municipal de Educação (Semed). Sem apoio da população e recebendo criticas de alunos e pais, o Sindeducação (Sindicato dos Professores de São Luís) recuou em sua estratégia de pressionar a Prefeitura de São Luís por dinheiro a qualquer custo.

Toda a dificuldade em estabelecer o diálogo entre o município e o sindicato atende ao nome da presidente, Elizabeth Castelo Branco (sem partido), conhecida na cidade por provocar baderna em suas mobilizações e cabo eleitoral do candidato derrotado Eduardo Braide (PMN) na eleição passada.

Desde o começo do ano, a categoria cobra reajuste nos salários no valor de 7,6%, mesmo diante do cenário de crise financeira no país. Ainda no mês de maio, o secretário de Educação, Moacir Feitosa, convidou Elizabeth para uma reunião para apresentar a situação financeira do município e explicar a inviabilidade desse reajuste. Ao invés de sentar para conversar, a presidente articulou uma greve justamente quando os alunos voltavam das férias. O objetivo era jogar a opinião pública contra o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT).

Tanto é verdade que a professora passava o dia inteiro no telefone ligando para as redações de emissoras e jornais sugerindo pauta em escolas que ainda não foram reformadas, inclusive, oferecendo refeições aos jornalistas. Ela arranjava meia dúzia de aliados para simular protestos. Sem conseguir chamar a atenção, decidiram invadir a sede da Semed.

Foi necessária a intervenção do promotor da Educação, Paulo Avelar, para o Sindeducação aceitar dividir a mesa de negociação. O que ficou acertado é exatamente o que foi sugerido pelo secretário Moacir Feitosa: a prefeitura vai apresentar a situação financeira pra analisar se existe ou não a possibilidade de reajuste até o próximo dia 15.

Segundo o Sindeducação, a greve está suspensa por 20 dias. A professora Elizabeth, no entanto, garante que a paralisação pode retornar.

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