IstoÉ publica bilhete da oligarquia Sarney
Uma reportagem com digitais de encomenda foi publicada pela Revista IstoÉ desta semana sobre um suposto QG que Lula teria montado na cadeia para alavancar o projeto de Fernando Haddad à Presidência. A matéria disparatada em relação ao Maranhão é praticamente um bilhete do clã Sarney.
Com relações escusas desde os anos 1990 com os Sarney – quando a oligarquia usava a revista para atingir adversários – a IstoÉ constrói uma narrativa para lá de mirabolante sobre a influência de Lula nas eleições deste ano no Maranhão. Tudo com o objetivo de acertar o último tiro da campanha em Weverton, candidato ao Senado líder nas pesquisas.
A reportagem exalta um suposto pedido de Lula ao grupo Sarney para apoiar Haddad em troca de favores à Mirante – uma espécie de salvo conduto para apagar as digitais da oligarquia, assim como usa como pano de fundo a mesma solicitação do ex-presidente ao governador Flávio Dino.
Mas o alvo principal da matéria é Weverton. Segundo a IstoÉ, o candidato a senador teria recebido R$ 6 milhões do presidente do PR, Valdemar da Costa Neto, um dos operadores do QG de Lula. O dinheiro vivo teria sido enviado por avião em voo que saiu de Sobral (CE) com destino a São Luís (MA). Mas, a aeronave acabou caindo com o dinheiro a bordo na cidade de Boa Viagem (CE). De acordo com a revista, apesar da quase-tragédia, a verba foi entregue.
O enredo da história é tão surreal que, segundo relatório da Aeronáutica, o avião que caiu em Boa Viagem (CE) tinha como destino a cidade de Crateús (CE), e sequer passaria perto do Maranhão.
Mais mirabolante ainda é a ligação de Valdemar da Costa Neto com Weverton. O presidente do PR foi um dos artífices do apoio do partido ao candidato Sarney Filho, em costura ocorrida pelo próprio José Sarney nos corredores de Brasília. Se tivesse que ajudar, financeiramente, algum candidato ao Senado no Maranhão, o nome seria Zequinha, que está atrás nas pesquisas, e não Weverton.
A trama montada pela Revista IstoÉ para atingir diretamente a ascensão de Weverton não passa de desespero da oligarquia a uma semana das eleições. Sem pé nem cabeça, a disparatada estória expõe o que há de mais pútrido no modo de fazer política dos Sarney.
Reis Pacheco vive, na versão 2018, por meio de malas de dinheiro inexistentes.
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