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Máfia da Sefaz: Roseana deixou de aprimorar sistema para permitir desvios

Para permitir os desvios milionários dos cofres públicos do Maranhão, através da Secretaria de Fazenda, a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) e o ex-secretário Claudio Trinchão (PSD) deixaram de aprimorar o sistema de tecnologia da informação da SEFAZ, segundo consta na denúncia da Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Tributária e Econômica de São Luís. As informações estão detalhadas nos autos do processo da “Operação Simulacro”.

A ação permitia aos membros do grupo reativar frequentemente parcelamento de débitos de empresas que nunca pagavam as parcelas devidas e, ao mesmo tempo, excluir indevidamente autos de infração do banco de dados, acarretando ainda mais prejuízos aos cofres públicos em proveito próprio e de terceiro. As empresas em débito com o Estado, mesmo inadimplentes, continuavam operando no Maranhão com anuência do Governo e recebendo as benesses da ex-governadora.

Segundo o promotor Paulo Roberto Barbosa Ramos, o objetivo era mascarar as irregularidades cometidas na Sefaz.

Para permitir “esse atraso”, no dia 15 de outubro de 2013, a empresa Auriga Informática e Serviços Ltda., que prestava serviços de tecnologia da Informação à SEFAZ, foi formalmente substituída pela empresa Linuxell Informática e Serviços Ltda. Mesmo assim as duas empresas continuavam a receber para prestarem o mesmo serviço.

“E não é só. Alguns funcionários da terceirizada Linuxell Informática e Serviços Ltda eram, ao mesmo tempo, comissionados no Governo, o que demonstra a grande ousadia do grupo, respaldado pela convicção de que todos os atos de improbidade administrativa praticados permaneceriam impunes”, conclui o promotor.

Nota total, quase R$ 1 bilhão foi desviado dos cofres públicos. Roseana Sarney e Cláudio Trinchão responderão pelos crimes de peculato, prevaricação, fraude à administração fazendária e participação em organização criminosa.

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