Maranhão à deriva
O novo ano começou com o Maranhão à deriva.
No sexto dia de 2022, o governador e seus principais auxiliares estão positivados com o vírus do covid-19, após passarem a virada de ano aglomerados nos jardins do Palácio dos Leões.
Carlos Brandão, próximo na linha sucessória, permanece com o paradeiro desconhecido. “A opção pessoal” de Dino passou o réveillon com a família nos Estados Unidos, mas se viu obrigado a cancelar a excursão por causa da exposição do governador ao novo coronavírus.
Em meio ao surto da doença na Praça Pedro II, o secretário Márcio Jerry, o mais poderoso dos conselheiros de Dino, tomou as rédeas do poder. Até ontem…
Hoje, as cidades de Trizidela do Vale, Colinas, Buriti-Bravo e Pedreiras amanheceram alagadas. Em Imperatriz e Mirador, o caos impera com as ausências dos governos estadual e federal. De Balsas a Bacabal, povoados ribeirinhos são ameaçados pela cheia dos rios que cortam o Maranhão. Em São Luís, o solo não consegue absorver tanta chuva.
Como desgraça pouca por aqui é bobagem, as UPAs estão abarrotadas de pacientes com síndromes gripais. Nas portas de hospitais públicos estaduais, as pessoas se aglomeram em busca de tratamento para influenza e covid-19. Continuamos um dos estados que menos testam e vacinam no país.
O ideal seria entregar o governo ao presidente da Assembleia, Othelino Neto, do PCdoB. Mas Flávio Dino é vaidoso. Isolado, não confia em ninguém e costuma passar por cima de valores como desprendimento, solidariedade e interesse público.
Diante do cenário de calamidade, só nos resta esperar pela chegada do vice-governador tucano dos parques da Disney. Em condições políticas e sanitárias normais, Brandão seria obrigado a se isolar. Não por causa da idade avançada, mas por sua passagem recente pelo epicentro da variante ômicron no mundo.
Iniciamos 2022 com o pé esquerdo!
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