Marcado por contradições, depoimento de Murad “a convite” da Policia Federal durou 15 horas

Ricardo MuradDurou quase 15 horas o depoimento do ex-deputado Ricardo Murad (PMDB) na Superintendência da Polícia Federal no Maranhão. O interrogatório, com mais de 120 perguntas e marcado por contradições, foi iniciado às 11:30h da manhã e terminou por volta das 02:30h da madrugada.

Reunido com uma equipe de advogados desde a manhã desta quarta-feira (18), a família Murad estuda estratégias de defesa para rebater as suspeitas da Polícia Federal. O ex-secretário queria realizar uma coletiva de imprensa para atacar delegados federais, auditores da Controladoria Geral da União e a Justiça Federal, mas foi convencido do contrário pelo advogado Marcos Lobo, devendo se posicionar somente por meio de nota oficial.

Murad teve a prisão preventiva solicitada pela Polícia Federal com parecer favorável do Ministério Público Federal. Investigadores alegam que o ex-secretário, como mentor da quadrilha que saqueou R$ 1,2 bilhão em recursos do Ministério da Saúde, é suspeito de ocultar provas, uma vez que agentes federais encontraram indícios de que ele agiu com “intenção de destruir provas”.

De acordo com o delegado Alexandre Saraiva, uma equipe da PF encontrou vestígios de uma fogueira recente com vários documentos que seriam de interesse da investigação, na casa de Ricardo Murad, e detectou que houve transferência de documentos entre casas diferentes ligadas ao ex-secretário.

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