O presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, Paulo Velten, colocou o Palácio dos Leões de joelhos nesta quarta-feira, com a votação que sacramentou a derrocada do advogado Flávio Costa na cruzada para assumir a cadeira de desembargador no Palácio Clóvis Belacqua pela cota da Ordem dos Advogados do Brasil.

Por maioria, o pleno do Tribunal entendeu que Flávio não preenche um requisito básico para ser indicado ao Quinto Constitucional. E Velten literalmente desenhou, ao demonstrar aos pares que o advogado do governador Carlos Brandão seria inexperiente, não possuindo calças compridas o suficiente e nem os dez anos exigidos pela Constituição para cogitar sequer sonhar com a vaga de desembargador.

Nos arredores da Praça dos Três Poderes, local onde são delineados os movimentos da batalha que ocorre na Praça Pedro II, o assunto é considerado encerrado, embora o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Kayo Sarayva, insista em postergar o debate com o único propósito de evitar a desmoralização de quem patrocinou a indicação de Costa, a ponto de anular uma das eleições da lista sêxtupla depois que seu candidato não apareceu entre os mais votados pela classe de advogados.

Com o respaldo do Palácio da Justiça, Velten já se posiciona para a batalha da própria sucessão, dando indicativos de que o governador Carlos Brandão continuará sem acesso ao Palácio Clóvis Beviláqua se insistir em interferir nos assuntos interna corporis do Judiciário Estadual. E persistir nesta queda de braço não está nos planos do governador, afinal o destino do sobrinho no Tribunal de Contas do Estado pode a qualquer momento entrar na pauta do presidente da Casa.