Promotor da máfia da Sefaz rechaça motivação política e detona Roseana
Durante a coletiva na manhã de ontem (3), no Ministério Público Federal, o promotor Paulo Roberto Barbosa Ramos, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Tributária e Econômica de São Luís, ressaltou inúmeras vezes sua isenção para investigar o caso de desvios na Secretaria de Fazenda (Sefaz), durante o Governo de Roseana Sarney. Ele garantiu que o volume de provas deixa claro o embasamento para constituir a denúncia da Operação Simulacro.
Como não poderia ser diferente, Paulo Roberto negou qualquer conotação política. Lembrou que assumiu a titularidade da Ordem Tributária há pouco tempo e antes era promotor de Defesa dos Direitos das Pessoas Idosas, ou seja, seu currículo e conduta abonam sua absoluta isenção para investigar qualquer caso. Esse foi um dos motivos para assumir a atual posição. “Não estou preocupados com nomes, mas pelos crimes e fatos e o desempenho do meu trabalho”, garantiu.
Segundo o promotor, o volume de provas é muito grande, foi juntado um metro de documentos contra a organização criminosa que atuava na Sefaz. Os recursos desviados podem ultrapassar R$ 1 bilhão, dinheiro este “que foi retirado de escolas, da educação para fins particulares”, destacou.
Nesta sexta-feira (4), em entrevista ao Jornal “O Estado do Maranhão”, Roseana Sarney classificou a Operação como “perseguição política”.
Pela tranquilidade e confiança da promotoria, a ex-governadora deverá ter muitos problemas para se livrar dessa denúncia. De acordo com o Ministério Público do Maranhão, “essa organização criminosa contava com o decisivo beneplácito de Roseana Sarney Murad”.
Caso condenada, Roseana poderá ter de devolver mais de R$ 150 milhões aos cofres públicos e ter os direitos políticos suspensos por oito anos, isso na ação por ato de improbidade administrativa porque ela também foi enquadrada na esfera penal.
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